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Seleção de Pessoas: Principais Erros e Estratégias para Evitá-los

Atualizado: 18 de dez.


O processo de seleção de pessoas é um dos pilares do sucesso organizacional. Contratar a pessoa certa vai muito além de preencher uma vaga: trata-se de agregar competências, alinhar valores e impulsionar os objetivos estratégicos da empresa. No entanto, mesmo com tecnologias avançadas e metodologias estruturadas, diversos erros ainda comprometem a eficácia dessa etapa — desde a influência de vieses inconscientes até a dependência excessiva de sistemas automatizados.


Seleção de pessoas é o processo utilizado pelas organizações para identificar, avaliar e escolher os candidatos mais adequados para ocupar uma vaga de trabalho. Ela acontece geralmente após o recrutamento, que é a fase em que a empresa atrai interessados para determinada oportunidade. O objetivo da seleção é encontrar o profissional que melhor se encaixe nos requisitos técnicos e comportamentais da função, bem como na cultura e nos valores da empresa.

Nos últimos anos, têm se intensificado práticas questionáveis no mercado, como a abertura de processos seletivos com objetivos puramente de marketing, em que a vaga é divulgada publicamente, mas já existe um candidato indicado ou selecionado internamente, conhecido como candidato com alto "QI" (Quem Indica).


Em outros casos, empresas empresas divulgam "vagas fantasmas" apenas para demonstrar crescimento, atrair currículos para banco de dados ou reforçar a percepção de que possuem alta demanda de talentos — sem nenhuma intenção real de contratar. Essas práticas, além de antiéticas, desgastam a reputação da marca empregadora e frustram profissionais.



Erros Humanos: Principais Falhas de Gestores e Recrutadores


1. Entrevistas mal conduzidas


Entrevistas desestruturadas ou mal planejadas favorecem vieses inconscientes e dificultam a coleta de informações realmente úteis sobre o candidato. Sem um roteiro claro ou técnicas adequadas, o entrevistador cria um ambiente pouco acolhedor, que impede o candidato de mostrar seu verdadeiro potencial, gerando decisões parciais, comparações injustas e desperdício de talentos. Para evitar isso, é essencial usar roteiros padronizados, perguntas abertas, observar a linguagem corporal e explorar tanto pontos fortes quanto pontos de melhoria.


2. Vieses cognitivos: o julgamento invisível


Vieses cognitivos são distorções inconscientes que influenciam decisões e podem levar o recrutador a valorizar impressões subjetivas em vez de evidências concretas. Exemplos incluem:


  • Viés de afinidade: favorecer candidatos semelhantes ao avaliador.

  • Efeito halo: formar impressão geral com base em um único aspecto.

  • Viés de confirmação: buscar apenas informações que confirmem opiniões prévias.

  • Etarismo: discriminar candidatos com base na idade.


Essas distorções reduzem diversidade, prejudicam inovação e aumentam a rotatividade. Reduzir seu impacto exige capacitação do time de RH, uso de entrevistas estruturadas e avaliações baseadas em dados.



3. Medo de contratar profissionais mais qualificados


Alguns gestores e recrutadores evitam candidatos mais capacitados por insegurança, receio de perder espaço ou relevância e medo de serem superados. Esse comportamento limita o nível técnico da equipe, reduz performance e contribui para a rotatividade. A solução envolve fortalecer uma cultura de liderança segura, decisões coletivas e critérios objetivos que diminuam interferências pessoais.


4. Ignorar experiência e potencial


Focar apenas em trajetória profissional e formação faz com que a empresa perca talentos com grande capacidade de aprendizado, adaptabilidade e inovação. Alguns profissionais com pouca experiência superam tecnicamente colegas mais experientes ao longo do tempo justamente por aprenderem mais rápido e se adaptarem melhor. Ignorar esse potencial reduz inovação e impede o desenvolvimento de talentos promissores. Avaliações práticas, simulações e testes de aprendizado ajudam a evitar esse erro.


5. Falta de avaliação do fit cultural


Concentrar-se apenas nas competências técnicas sem avaliar alinhamento de valores, comportamentos e estilo de trabalho gera contratações que não se integram bem à equipe. Isso provoca conflitos, desmotivação, queda de produtividade e maior rotatividade. O ideal é incluir perguntas e dinâmicas que revelem compatibilidade cultural de forma concreta.



6. Referências profissionais mal interpretadas


Pedir referências anteriores é importante, mas muitos gestores cometem erros ao tratá-las como verdades absolutas. É essencial considerar que um candidato pode ter tido conflitos com um gestor e/ou empresa anterior, mas isso não significa que a responsabilidade era exclusivamente dele — o atrito pode ter sido resultado de cultura incompatível, falhas de liderança ou expectativas desalinhadas.


Além disso, gestores têm percepções diferentes sobre competência e podem emitir avaliações contaminadas por experiências pessoais, preferências, conflitos ou vieses. Ao buscar referências, é fundamental investigar o contexto, fazer perguntas objetivas, coletar mais de uma fonte, comparar relatos e evitar conclusões baseadas em opiniões isoladas. Também é útil validar comportamentos citados durante a entrevista e cruzar informações com evidências concretas do histórico profissional do candidato.


⚠️ Se o ex-empregador fornece uma referência negativa ou desabonadora, com afirmações falsas ou ofensivas, isso já é denunciado como conduta passível de indenização, por danos morais, com base em ofensa à honra e reputação. O problema não é a recusa em atender ao pedido da referência, mas a divulgação de informações nocivas e possivelmente falsas que prejudiquem o ex-empregado. (TST e TRT 4ª Região)

Erros Comuns nos Processos e na Estrutura


1. Desalinhamento entre recrutamento e necessidades reais


Quando um processo de recrutamento é iniciado sem um entendimento claro das necessidades reais da área, ele tende a gerar descrições imprecisas ou genéricas da posição, dificultando a atração de candidatos qualificados e aumentando o risco de contratações que não atendam às expectativas do time ou da organização; além disso, a falta de alinhamento entre gestores e RH pode causar retrabalho, desperdício de tempo e recursos, impactando negativamente o engajamento e a produtividade da equipe, já que novos colaboradores podem não possuir as competências ou o perfil comportamental necessários para a função.


  • Impacto: atrai candidatos inadequados, aumenta o tempo de seleção e gera retrabalho.

  • Como evitar: envolver gestores na definição do perfil, mapear competências e alinhar a vaga à estratégia da empresa.


2. Dependência excessiva de sistemas e ferramentas


Ferramentas digitais e sistemas de rastreamento de candidatos (ATS) são essenciais para organização, mas confiar "cegamente" neles pode ser prejudicial:


  • Filtros automáticos excessivos: eliminam candidatos qualificados por ausência de palavras-chave.

  • Pontuações algorítmicas rígidas: favorecem perfis padronizados, excluindo talentos atípicos.

  • Exclusão do fator humano: algoritmos não captam nuances de comportamento e motivação.


O impacto é a perda de bons candidatos e decisões mais desumanizadas, e a forma de evitar isso é usar sistemas apenas como apoio, revisar manualmente os perfis e incluir avaliações mais humanizadas no processo.


3. Fornecedores de tecnologia sem compromisso com resultados


Outro ponto crítico é a contratação de empresas de tecnologia em R&S que priorizam apenas a venda da licença do software e ações de marketing, mas não garantem eficiência real, suporte contínuo ou adequação às necessidades do cliente.


Os problemas comuns são plataformas pouco intuitivas ou com erros frequentes que atrasam o processo seletivo; falta de integração com outros sistemas da empresa, gerando retrabalho; ausência de suporte técnico ou demora excessiva na resolução de problemas e promessas comerciais exageradas, sem correspondência na prática.


O impacto inclui frustração da equipe, processos travados, perda de candidatos e desperdício de investimento, e para evitar isso é fundamental solicitar demonstrações reais, conversar com clientes ativos e adotar contratos com cláusulas de SLA que garantam entregas e suporte consistentes.


Práticas antiéticas no Recrutamento


Infelizmente, há empresas que conduzem processos seletivos apenas para cumprir formalidades ou reforçar a imagem de marca empregadora, sem real intenção de contratar de forma aberta e competitiva. Entre os principais desvios estão:


  • Processos fictícios para impulsionar o marketing: divulgar vagas inexistentes ou já preenchidas para atrair atenção e reforçar uma imagem de crescimento.

  • Contratações previamente definidas: processos “de fachada” para legitimar a escolha de um candidato já indicado internamente.

  • Coleta de currículos sem finalidade imediata: abrir vagas sem planejamento, urgência ou necessidade, apenas para alimentar banco de talentos.

  • Processos seletivos usados como intimidação interna: abrir vagas para a mesma função já ocupada, com o objetivo de pressionar, desmotivar ou levar colaboradores atuais a pedirem desligamento.


O impacto é a frustração e a desconfiança de candidatos e colaboradores, além do desgaste da reputação e da percepção de falta de ética, e para evitar isso é essencial adotar transparência total, comunicar claramente os objetivos do processo seletivo e garantir que todos os candidatos, internos ou externos, participem de maneira justa e respeitosa.


Outros erros comuns em R&S:


Além dos já citados, podemos destacar:


  • Comunicação ineficiente com candidatos: falta de retorno ou feedbacks genéricos prejudicam a imagem da empresa.

  • Excesso de etapas desnecessárias: processos longos e repetitivos afastam candidatos qualificados.

  • Avaliar apenas o momento atual do candidato: ignorar potencial de desenvolvimento e curva de aprendizado.

  • Falta de alinhamento entre RH e gestor: expectativas diferentes geram retrabalho e perda de tempo.

  • Pressa excessiva para preencher a vaga: contratar o “menos pior” aumenta turnover e baixo desempenho.

  • Não considerar a experiência pré-entrevista: contatos iniciais e organização influenciam na percepção do candidato.

  • Avaliação desconectada da realidade do trabalho: testes irreais geram falsa sensação de competência.



Medidas adicionais para evitar práticas antiéticas


Para empresas:


  • Auditoria interna de processos seletivos: Revisar periodicamente anúncios, critérios de seleção e registros de entrevistas para garantir que cada vaga seja legítima e conduzida de forma justa.

  • Treinamento em ética e compliance para recrutadores: Incluir módulos sobre impactos legais e reputacionais de anúncios falsos, nepotismo e intimidação interna.

  • Registro formal de aprovação da vaga: Exigir que toda vaga aberta tenha aprovação documentada, orçamento e justificativa de contratação, evitando aberturas simbólicas.

  • Medição da experiência do candidato (Candidate Experience): Usar pesquisas pós-processo para identificar percepções de injustiça ou manipulação.

  • Equipes multidisciplinares: Reduzir decisões unilaterais envolvendo mais de um avaliador, incluindo profissionais além de psicólogos — por exemplo, gestores ou especialistas em negócios — para garantir que a decisão leve em conta tanto aspectos humanos quanto estratégicos do negócio, minimizando favoritismos e indicações pré-definidas.


Para candidatos:


  • Pesquisar histórico de contratações da empresa: Observar se vagas anunciadas realmente resultaram em contratações ou se somem sem explicações.

  • Checar coerência entre anúncio e entrevistas: Questionar sobre tarefas, equipe e início previsto; respostas vagas ou contraditórias são sinal de alerta.

  • Registrar e guardar comunicações: Manter cópias de e-mails, descrições de vagas e convites de entrevistas para eventual denúncia.

  • Atenção a prazos e etapas incoerentes: Processos excessivamente longos sem justificativa ou com alterações constantes de critérios podem indicar falta de seriedade.

  • Usar redes de contatos para validar informações: Conversar com ex-colaboradores ou atuais funcionários para confirmar se a vaga é real.


Conclusão


Um processo de seleção eficaz exige equilíbrio entre tecnologia, ética e sensibilidade humana. Mais do que preencher vagas, é preciso construir processos que reflitam os valores organizacionais e respeitem os profissionais.


"Selecionar bem significa escolher profissionais que não apenas parecem ideais, mas que possuem condições reais de crescer e contribuir para o sucesso da organização."

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Ouça os comentários do artigo sobre Erros nos processos de R&SRHEIS Consulting


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