Este artigo trataremos sobre a inteligência emocional de forma resumida, pois este tema é um estudo vasto. Nosso objetivo é esclarecer algumas dúvidas e lhe informar para um melhor direcionamento. Fica com a gente e boa leitura!!!
O Quociente Emocional (QE), é uma medida da inteligência emocional. O QE é uma forma de indicar o nível de inteligência emocional de um indivíduo ou grupo. A boa notícia é que, diferentemente do QI (que costuma ser constante), o QE pode ser aumentado intencionalmente.
O conceito de Inteligência Emocional (IE) foi apresentado à comunidade científica pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer (1990, p. 189), em um artigo teórico, no periódico científico internacional de Psicologia, na revista Imagination, Cognition and Personality, sendo definido como "a capacidade do indivíduo monitorar os sentimentos e as emoções dos outros e os seus, de discriminá-los e de utilizar essa informação para guiar o próprio pensamento e as ações."
Mayer e Salovey (1997) identificaram quatro habilidades centrais da IE: percepção das emoções, facilitação ao pensamento (integração), entendimento do conteúdo emocional e administração emocional para promover o crescimento pessoal.
Encontra-se na historia outros renomes que antes disso já falavam sobre o conceito, ainda de uma forma intimidada como o psicometrista Robert L. Thorndike, na Universidade de Columbia na década de 30, quando usou o Termo “Inteligência Social” para descrever a capacidade de compreender e motivar os outros, ou David Wechsler, quando descreveu a influência dos fatores não-intelectuais sobre o comportamento inteligente em 1940, dizendo que os nossos modelos de inteligência não estariam completos até que esses fatores não pudessem ser adequadamente descritos, ou ainda Howard Gardner (1983), que vem com a teoria das Inteligências Múltiplas, introduzindo os conceitos de inteligência intrapessoal e interpessoal.
Em 1995 com a publicação do livro “Inteligência Emocional” escrito pelo Ph.D, psicólogo, Daniel Goleman que o conceito se popularizou, ainda que o autor afirme neste mesmo livro campeão em Best-Sellers que “o crescimento dessa área de estudo deve muito a Mayer e Salovey” (GOLEMAM, 2007, p.12).
Para Goleman, a Inteligência emocional, é "a capacidade de criar motivações para si próprio; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação de sus desejos; de se manter em bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar e de ser empático."
Desde então, desenvolver o equilíbrio emocional¹ no trabalho vem adquirindo cada vez mais importância. Amplamente usado pela psicologia, esse termo significa que, quanto mais o indivíduo consegue ter ciência de suas emoções, mais hábil emocionalmente ele é.
De acordo com Daniel Goleman, a inteligência emocional pode ser subdivida em cinco habilidades específicas:
Autoconsciência – capacidade de reconhecer as próprias emoções;
Autorregulação – capacidade de lidar com as próprias emoções;
Automotivação – capacidade de se motivar e de se manter motivado;
Empatia – capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros;
Habilidades sociais – conjunto de capacidades envolvidas na interação social.
Além disso, ele identifica 12 domínios como sendo os principais para desenvolvê-la: Autoconhecimento emocional, Autocontrole emocional, Adaptabilidade, Orientação para realização, Perspectiva positiva, Empatia, Consciência organizacional, Influência, Coach e mentoria, Administração de conflitos, Trabalho em equipe e Liderança inspiradora.
Para sabermos e medirmos o nosso QE, é necessário que o indivíduo faça uma autoanálise com ajuda de assessment e processos de desenvolvimento pessoal como Coaching e alguns casos com apoio de psicoterapias. Segue abaixo algumas dentre várias dicas:
Como Criar uma Organização com Alto QE?
1. Ter Líderes que sejam Modelos de Comportamento Emocionalmente Inteligente
Devido a seu alcance e poder para influenciar as pessoas, os líderes que trabalham usando a linguagem e as práticas do QE conseguem transformar o trabalho em equipe. Criando um ambiente propício à aprendizagem e autocorreção, eles dão o exemplo e geram uma cultura organizacional de alta performance.
2. Conquistar Comprometimento para Implementar Mudanças
Aumentar a inteligência emocional é igual a desenvolver habilidades atléticas. Não se aprende a nadar lendo sobre natação – isso só vem com a prática. Os colaboradores só vão se dedicar a melhorar seu Quociente Emocional (QE) se perceberem benefícios potenciais que sejam importantes para eles.
Os relatórios de análise de QE da RHEIS Consulting são a base de informações para contribuir para que as pessoas desenvolvam o QE e ao mesmo tempo atinjam suas respectivas metas profissionais, com mais qualidade nos relacionamentos pessoais. Além de fomentar suas carreiras, essas competências também ajudam a reduzir o estresse na vida pessoal.
3. Respeitar a Privacidade
Os relatórios devem ser entregues de forma tranquila e afirmativa. O segredo do sucesso é fazer a devolutiva sobre inteligência emocional para os colaboradores em uma atmosfera que respeite sua privacidade. Para terem sucesso usando o processo de devolutiva, os participantes devem ativamente realizar uma aprendizagem pessoal e reflexiva, junto com experiências de aprendizagem em grupo. Com isso, os indivíduos podem divulgar os resultados de seus relatórios apenas até o ponto em que se sintam confortáveis com isso.
4. Treinamentos, coaching e devolutivas
Os treinamentos, processos de coaching e as devolutivas² de QE contribuem para a compreensão sobre o que é necessário para criar e manter um ambiente emocionalmente saudável.
Quando o estresse diminui, a criatividade aumenta. Os colaboradores valorizam a empresa que se compromete a criar um ambiente onde todos possam crescer. Componentes importantes de um alto QE são a motivação pessoal e a empatia pelas pessoas.
Autoconhecimento. Logo, você deve passar a observar as suas emoções. Descubra o que te deixa feliz, com medo, frustrado; o que te motiva etc.
A seguir, note como se faz a construção dos seus pensamentos e sentimentos. Dessa forma, torna-se possível deixar de repetir comportamentos padrão e passar a controlar melhor suas reações, sua linha de raciocínio e grau no qual as intempéries da vida te afetam.
Além disso, conheça seus limites e respeite-os — ter respeito por si mesmo também é fundamental para que você consiga se desenvolver intelectualmente e ser capaz de se manter tranquilo até mesmo nas situações mais complexas do mundo corporativo.
2. Aumente sua autoconfiança
Duvidar de suas próprias capacidades pode fazer com que você se torne uma pessoa reativa e negativa, que vai agir de forma fechada a novidades e limitar seu processo criativo.
Com isso em mente, comece a desenvolver sua autoconfiança. Se um trabalho lhe foi dado, significa que você tem capacidade de realizá-lo. Então busque fazer o melhor que puder e acredite que vai conseguir.
Para isso, um apoio para aprender como desenvolver a inteligência emocional é um coaching ou iniciar um processo de terapia com um psicólogo. Esses profissionais serão capazes de ajudá-lo a identificar as causas de uma baixa estima, por exemplo, e vão desenvolvê-lo a ponto de eliminar as travas mentais que já estão gravadas em seu subconsciente.
Outra forma que pode ajudá-lo a ter autoconfiança é arriscar-se mais:
Busque fazer coisas que nunca fez;
Exponha mais suas ideias;
Aceite aquela proposta feita pelo seu líder,
Dentre outras atitudes.
À medida que você for saindo da zona de conforto, será possível gerar resultados e conhecer novos horizontes, assim como descobrir em si mesmo habilidades antes escondidas.
Tenha em mente que o medo nada mais é do que a falta de conhecimento. Quando você experimenta e compreende a realidade da situação, torna-se possível ter mais segurança.
3. Aprenda a lidar com emoções negativas
As emoções negativas são inevitáveis e ter inteligência emocional não significa entrar em estado de negação em relação a essas emoções. Todavia, é importante ressignificar esses sentimentos, ser capaz de controlar os impulsos e perceber os motivos pelos quais as situações em questão estão gerando esse tipo de sensação.
Portanto, busque se questionar constantemente sobre a motivação das suas emoções. Dessa forma, além de ter controle, você conseguirá encontrar soluções mais sábias para os seus problemas.
O ambiente corporativo muitas vezes nos faz ficar inseguros, porém, é preciso ser mais racional e criar atos pautados na análise e na ponderação para não agir equivocadamente.
4. Aprenda a lidar com a pressão do dia a dia
Uma forma de como desenvolver a inteligência emocional no trabalho é ser capaz de lidar com a pressão do dia a dia. Procure pensar com calma, mesmo se as circunstâncias ao seu redor estiverem agitadas. Lembre-se de que algo só pode te afetar se você permitir.
Leia também: Como Equilibrar sua Vida Pessoal e Profissional.
Busque realizar seu trabalho da melhor forma possível, mantenha sua produtividade e analise as situações de forma equilibrada. Ficar com pressa de realizar as tarefas para fugir da pressão do dia a dia é inútil, então, realize de forma dinâmica, mas nunca apressada e sem revisões. Assim, você evita erros e ganha tempo.
É interessante ainda criar um cronograma das suas atividades para não perder os prazos na entrega de seus projetos e conseguir fazer tudo com qualidade.
5. Desenvolva a empatia
Empatia é fundamental para a inteligência emocional. Tendo isso em vista, compreenda que há dias em que seu chefe estará mais nervoso, que seu colega de trabalho estará menos receptivo, e que nem sempre as reações das pessoas ao seu redor serão pautadas pelo pensamento racional.
Dessa forma, você consegue se colocar no lugar das pessoas e passa a não levar suas reações para o lado pessoal:
Use o afeto para lidar com um conflito;
Tenha foco na resolução do problema;
Explicite aos seus companheiros que você está ali para contribuir e não para gerar críticas e frustrações.
Os principais benefícios da Inteligência Emocional
Aumento da autoestima e autoconfiança;
Redução de conflitos em relacionamentos interpessoais;
Direcionamento competente das emoções;
Aumento do nível de comprometimento com metas de vida;
Senso de responsabilidade e melhor visão de futuro;
Compreensão da visão de mundo e dos sentimentos das outras pessoas;
Enriquecimento dos relacionamentos interpessoais;
Equilíbrio Emocional;
Desenvolvimento da comunicação e poder de influência;
Aumento do nível de felicidade;
Superação de barreiras;
Clareza nos objetivos e ações;
Melhora na comunicação e em seu poder de influência;
Melhora na capacidade de tomada de decisão;
Melhor administração do tempo e melhora significativa da produtividade;
Diminuição dos níveis de estresse;
Maior realização pessoal, familiar e profissional;
Aumento da qualidade de vida, mais disposição, vitalidade e bem-estar.
Conclusão
Muitas vezes, basta um momento de silêncio e uma abordagem mais sutil para que as coisas se resolvam. Como vimos, aprender como desenvolver a inteligência emocional no trabalho requer uma grande disciplina.
Vale lembrar que, no processo inicial de conhecimento das inúmeras facetas da mente, é comum haver recaídas para antigos hábitos e para atitudes que não se encaixam no perfil da sabedoria com as emoções.
Porém, não desanime e cuide de si mesmo, sobretudo, com afeto, compreenda seus limites e vá desenvolvendo suas habilidades com paciência. Com isso, será possível conquistar maior ciência sobre seus comportamentos e aprimorá-los.
A RHEIS Consulting, possui instrumentos para mapeamento e desenvolvimento da Inteligência Emocional. Consulte-nos.
¹O equilíbrio emocional é a capacidade da mente e do corpo em manter a estabilidade e a flexibilidade em meio a desafios e mudanças nos mais variados aspectos.
²Ato de dar um parecer de uma atividade, avaliação, prova ou tarefa após sua realização com o objetivo de apontar os pontos positivos e pontos a melhorar.
Sugestão de Livros:
Inteligência emocional (Daniel Goleman);
O cérebro e a inteligência emocional (Daniel Goleman);
Inteligência social: A ciência revolucionária das relações humanas (Daniel Goleman);
Liderança com Inteligência Emocional (David R. Caruso, Peter Salovey);
Liderança - A Inteligência Emocional na Formação do Líder de Sucesso (Daniel Goleman);
O poder da inteligência emocional: Como liderar com sensibilidade e eficiência (Daniel Goleman, Richard Boyatzis, Annie Mckee);
Emotional Intelligence 2.0: With Access Code (Travis Bradberry, Jean Greave);
Antifrágil (Nova edição): Coisas que se beneficiam com o caos (Nassim Nicholas Taleb).
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