top of page
861d5bee-9c6c-41d2-a31c-1edbfa3a06b7.png

VR é a sua melhor escolha. Benefícios MULTI com taxa ZERO. 

Job Hoppers: Como Lidar com Profissionais que trocam de Emprego com Frequência

🔊 Aprofunde seu conhecimento com nosso comentário em áudio.


Nos últimos anos, o termo “job hopper”, usado para descrever profissionais que mudam de emprego com frequência, tem ganhado destaque nas discussões sobre gestão de pessoas e mercado de trabalho. Se antes a permanência longa em uma mesma empresa era vista como sinônimo de estabilidade, hoje o cenário é diferente: as novas gerações valorizam aprendizado contínuo, flexibilidade e propósito.


Essa transformação tem desafiado líderes e profissionais de Recursos Humanos (RH) a repensarem estratégias de retenção de talentos e modelos de engajamento mais adaptáveis à realidade atual.


O que é um job hopper


O job hopper é o profissional que permanece pouco tempo em uma mesma empresa, geralmente entre 6 meses e 2 anos, antes de buscar novos desafios. Esse padrão, que antes seria interpretado como falta de comprometimento, hoje pode refletir mobilidade estratégica e busca por desenvolvimento acelerado.


A nova lógica do trabalho, impulsionada pela tecnologia, pelo home office e pela economia digital, fez com que a mudança de emprego se tornasse parte natural das trajetórias profissionais.


Estatísticas recentes no Brasil


Aqui vão alguns dados que ajudam a dimensionar o fenômeno dentro do país:


  • Cerca de 36% dos trabalhadores formais trocaram de emprego em um ano, segundo levantamento da LCA Consultores com base em dados do Caged. (Folha/UOL);

  • Entre os que têm até 29 anos, aproximadamente 40% trocaram de emprego no período de 12 meses (dados comparativos entre 2025 e CAGR anteriores) (Folha/UOL);

  • Profissionais de 18 a 24 anos, quase 1/4 ficam menos de 3 meses no mesmo emprego. (VocêRH)

  • A média de permanência para estes jovens é bastante inferior do que para pessoas mais velhas. Por exemplo, no início de 2023, a faixa 18-24 anos tinha permanência média de cerca de 9 meses por emprego. (VocêRH);

  • Outro dado indica que 50% dos profissionais pretendem buscar novo emprego em 2024, segundo a pesquisa Índice de Confiança Robert Half. Este dado reforça a disposição pelo movimento profissional. (Robert Half).


Segue resumo em tabela:

Característica

Observações

Faixa etária

Predominantemente jovens: pessoas entre 18 e 24 anos ou até 29 anos. (SINTIPAR)

Motivação / valores

Buscam: crescimento profissional, propósito, qualidade de vida, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, flexibilidade no trabalho. (SINTIPAR)

Tempo médio de permanência

Para os 18-24 anos, muitos permanecem menos de 3 meses em uma empresa. A média de permanência dessa faixa etária é de 9 meses para muitos casos. (VocêRH)

Setores de maior incidência

Embora não haja dados públicos muito específicos por setor para job hoppers, áreas relacionadas a tecnologia, comunicação, marketing tendem a refletir mais esse perfil, dada a estrutura de projetos, startups e ritmo de inovação. A cultura digital favorece esse tipo de mobilidade. (VocêRH)

Geração

Geração Z (nascidos entre ~ 1997-2010) é quem mais manifesta o comportamento de mudar de emprego com frequência. (MundoRH).


Por que esse perfil cresce e fatores que impulsionam


O aumento de profissionais que mudam de emprego com frequência está diretamente ligado às transformações culturais, econômicas e tecnológicas do mercado de trabalho. Entre os principais fatores que explicam esse movimento, especialmente entre jovens da Geração Z, destacam-se:


  • Mudança de valores e propósito: as novas gerações buscam bem-estar, autonomia e identificação com a cultura organizacional. Ambientes tóxicos ou desalinhados com seus valores pessoais são motivos frequentes para pedir demissão.

  • Busca por aprendizado e crescimento acelerado: mudar de empresa é visto como uma forma de adquirir novas habilidades, explorar diferentes áreas e acelerar o desenvolvimento profissional.

  • Mercado digitalizado e competitivo: com acesso fácil a informações sobre salários, benefícios e reputação das empresas, é mais simples comparar oportunidades e escolher o que faz mais sentido para cada momento da carreira.

  • Flexibilidade e novos formatos de trabalho: modelos híbridos e remotos reduziram barreiras geográficas e ampliaram o leque de possibilidades, tornando as transições mais viáveis e menos arriscadas.

  • Baixa tolerância à estagnação: a falta de reconhecimento, feedback e oportunidades de crescimento faz com que muitos profissionais busquem novos desafios com mais frequência.

  • Cenário econômico e expectativas elevadas: em períodos de menor desemprego e maior oferta de vagas, os profissionais se sentem mais confiantes para negociar melhores condições e mudar de emprego em busca de satisfação e equilíbrio.


Em resumo, o crescimento dos job hoppers no Brasil é resultado da combinação entre novos valores de carreira, avanço tecnológico e transformações culturais, que estão redefinindo o que significa sucesso profissional na atualidade.


Os desafios para as empresas


A alta rotatividade de profissionais traz impactos diretos para as organizações: custos maiores de recrutamento, perda de conhecimento e descontinuidade em projetos estratégicos; no entanto, também há benefícios. Os job hoppers trazem visões frescas, repertório técnico atualizado e mentalidade adaptável que são características cada vez mais valorizadas. O ponto-chave é entender se as mudanças de emprego são motivadas por falta de engajamento ou por movimentos estratégicos de carreira.


Como reter talentos em tempos de alta mobilidade


As empresas podem transformar o desafio dos job hoppers em uma oportunidade de inovação interna. Algumas estratégias eficazes incluem:


  • Entrevistas mais profundas: compreender os motivos das transições anteriores.

  • Planos de desenvolvimento contínuo: criar jornadas de crescimento personalizadas.

  • Ambientes de aprendizado e autonomia: estimular o protagonismo e a inovação.

  • Reconhecimento por entregas, não por tempo: valorizar resultados concretos.


Essas ações reforçam a marca empregadora e ajudam a construir relações mais duradouras, mesmo em um contexto de mobilidade alta.



Um novo olhar sobre a carreira


O fenômeno dos job hoppers mostra que a fidelidade profissional não se mede apenas pelo tempo de casa, mas pela qualidade das contribuições e pelo impacto gerado. Para muitos profissionais, mudar de emprego é uma forma de crescer, aprender e se reinventar. Da mesma forma, para as empresas, reter talentos não significa impedir mudanças, mas criar experiências de trabalho significativas — com propósito, autonomia e aprendizado contínuo.


Conclusão


Os job hoppers representam uma mudança cultural importante nas relações de trabalho. Em vez de serem vistos como problema, devem ser compreendidos como parte de um mercado mais dinâmico e conectado. Empresas que aprendem a valorizar esse perfil — e que oferecem desafios constantes, reconhecimento e cultura de desenvolvimento — tendem a reter talentos com mais inteligência e atrair profissionais de alta performance.


Podcast

Audio cover
Ouça os comentários do artigo sobre Job HoppersRHEIS Consulting

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page