Por que muitos Líderes subestimam o RH — e como demonstrar seu Valor
- Mike Reis
- 26 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de set.
Apesar de sua relevância estratégica, o setor de Recursos Humanos (RH) ainda é subestimado por muitos empresários e líderes. Para reverter esse cenário, é fundamental que o RH comprove, por meio de dados tangíveis, como suas iniciativas impactam diretamente os resultados financeiros das organizações.
"Vender é essencial. O RH é o mais importante. Se a sua empresa não cuidar dos seus vendedores ou colaboradores, ela já está falida."
Por que o RH é subestimado por muitos Líderes ou Empresários?
O RH é frequentemente subestimado por muitos empresários, que o enxergam apenas como um setor administrativo ou de apoio, negligenciando seu papel estratégico no sucesso da empresa. No entanto, o RH moderno vai muito além da gestão de pessoas, sendo um verdadeiro catalisador de cultura organizacional, produtividade e crescimento.
Essa subestimação geralmente ocorre porque muitos empresários direcionam sua atenção prioritária para áreas como finanças, produção e vendas, percebendo o RH apenas como um centro de custo.
Além disso, há uma falta de conhecimento sobre a real importância do setor na atração e retenção e desenvolvimento de talentos — aspectos essenciais para o desempenho sustentável do negócio. Soma-se a isso a persistência de um conceito ultrapassado, que ainda define o RH como um setor meramente operacional, e não como um parceiro estratégico capaz de impulsionar a competitividade da empresa.
Leia também em O que é Recursos Humanos (RH): Funções, Importância e Impacto nas Organizações.
Estratégias para o RH comprovar o seu Valor com Dados
Os indicadores de desempenho são importantes aliados do RH, pois permitem traduzir suas atividades em resultados mensuráveis. Métricas como a taxa de turnover, o tempo médio de contratação, o absenteísmo e a produtividade por colaborador fornecem dados concretos que ajudam a compreender o impacto das ações na organização. Reduzir o turnover em 10%, por exemplo, pode representar uma economia significativa, chegando a milhares ou até milhões em custos relacionados à substituição de talentos.
Nesse contexto, o uso de People Analytics ganha cada vez mais relevância. De acordo com pesquisa da consultoria PwC, a transformação digital do RH, quando combinada com dados, fortalece a competitividade das empresas ao alinhar o capital humano à estratégia de negócios. Isso possibilita identificar padrões de engajamento, antecipar riscos de rotatividade e otimizar treinamentos, transformando dados em inteligência estratégica para a gestão de pessoas.
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Além disso, o vínculo direto entre as práticas de RH e os resultados financeiros da organização é cada vez mais evidente. Programas de desenvolvimento de liderança, por exemplo, podem ser correlacionados a aumentos de produtividade ou de receita. Se uma equipe treinada em vendas consegue elevar o faturamento em 15%, o RH deixa claro o seu papel como catalisador de lucro, indo além da visão tradicional de “centro de custo” para se afirmar como área estratégica no crescimento organizacional.
Dados que Revelam o Custo do Desengajamento:
Substituição de talentos: Trocar um líder custa 200% de seu salário anual; para cargos técnicos, 80% (Gallup).
Engajamento global: Falta de Engajamento no trabalho custa US$ 438 Bilhões à Economia Global. No Brasil, somente 34% estão engajados, relata pesquisa da Gallup.
Custos invisíveis: Presenteísmo, absenteísmo e clima organizacional prejudicado geram perdas que, muitas vezes, superam os custos diretos.
Conclusão
O RH tradicional só será reconhecido como RH estratégico quando conectar suas ações a indicadores financeiros, como lucratividade, redução de custos operacionais e crescimento de receita. Isso exige:
Capacitação em análise de dados para mensurar engajamento, desempenho e retenção.
Comunicação clara com a liderança, traduzindo métricas de RH em linguagem empresarial.
Inovação contínua, integrando tecnologia para transformar processos em vantagem competitiva.
Ao adotar essa abordagem, o RH deixa de ser visto como uma despesa e se torna um pilar indispensável para a sustentabilidade e o crescimento dos negócios. Como afirma a PwC, investir no RH é garantir retorno estratégico de longo prazo — não apenas para as pessoas, mas para toda a organização.
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