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Empreendedorismo: O Caminho para Inovar, Crescer e Transformar Ideias em Realidade

Foto do escritor: RHEIS ConsultingRHEIS Consulting

Segundo o economista Joseph Schumpeter, que popularizou o empreendedorismo em 1945, como base de sua teoria da Destruição Criativa; diz que o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, lucrar, consegue reunir recursos financeiros, organizar operações internas e realizar vendas. Para Schumpeter, o empreendedorismo está diretamente associado à inovação; o empreendedor é o responsável pela realização de novas combinações.


Kenneth E. Kninght (1967) com Peter Drucker (1970) introduziram ao empreendedorismo a ideia da necessidade de arriscar em algum negócio para montar uma organização. Gifford Pinchot III (1985) introduziu o conceito de intra-empreendedor, ou seja, uma pessoa empreendedora que trabalha em uma organização.


Para Frank (1967) e Peter Drucker (1970), o empreendedor refere-se a assumir riscos. Schumpeter amplia o conceito, afirmando que:


empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais de tecnologias.

Para Chiavenato os empreendedores não são simplesmente provedores de mercadorias ou serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em uma economia em constante transformação e crescimento.


Uma das definições mais aceitas hoje em dia é do estudioso Robert D. Hisrich em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele:


“Empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal”.

Outra definição de empreendedorismo é:


a capacidade de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções inovadoras e investir recursos para criar algo positivo para a sociedade com responsabilidade e ética, podendo envolver a criação de um negócio, projeto ou movimento que gere mudanças reais e impacto no cotidiano das pessoas. Além disso, o empreendedorismo também exige visão estratégica, liderança e resiliência para superar desafios e transformar ideias em ações concretas que tragam valor. (Mike Reis, CEO Rheis Consulting)

O conceito e significado de empreendedorismo pode variar muito conforme a visão de cada autor ou estudioso, mas uma característica básica do empreendedor é seu espírito criativo e pesquisador, está também em constante busca de novos caminhos e soluções, sempre tendo em vista as necessidades das pessoas.


A introdução de um novo bem, a criação de um método de produção ou comercialização e até a abertura de novos mercados, são algumas atividades comuns do empreendedorismo.


Isso significa que “a essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios”.


Os empreendedores estão vendo cada vez mais oportunidades de negócios em meio à pandemia do COVID-19, de acordo com o mais recente Relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2021/2022. O GEM tem o objetivo de classificar os países em termos de sua capacidade de incentivar novos negócios, que são de interesse tanto para os formuladores de políticas quanto para os empresários.



O que é ser empreendedor?


Agora que você já sabe o que é empreendedorismo, precisa saber o que significa ser um verdadeiro empreendedor. Alguns entendem como empreendedor quem começa algo novo, que enxerga oportunidades que ninguém viu até o momento. Em outras palavras, é aquela pessoa que faz, sai da zona de conforto e da área de sonhos e parte para a ação.


Portanto, um empreendedor é um realizador que coloca em prática novas ideias, por meio de criatividade. Isso muitas vezes significa mudar tudo o que já existe.


Já viu aquelas pessoas que conseguem transformar crises em oportunidades e que influenciam os outros com suas ideias? Provavelmente são bons empreendedores. Aproveitar as oportunidades do mercado e transformar crises em oportunidade é uma característica do brasileiro.



Características de um empreendedor


Ninguém nasce empreendedor. É o contato social e estudos que favorecem o desenvolvimento de talentos e características na personalidade que podem ser fortalecidos ao longo da vida. Todos os contatos e referências irão influenciar diretamente no nível de empreendedorismo de uma pessoa, já que um empreendedor é um ser social.


Abaixo, elencamos algumas dentre muitas características encontradas em empreendedores:


  • Otimista: Acredita no sucesso e age para alcançá-lo, ajustando o negócio quando necessário.

  • Autoconfiante: Acredita em suas habilidades e toma decisões ousadas.

  • Corajoso: Enfrenta riscos e rejeição sem medo de falhar.

  • Persistente e Resiliente: Supera obstáculos e não desiste facilmente.

  • Visionário: Enxerga o futuro e inova para liderar tendências.

  • Executor: Transforma planos em ações concretas e eficientes.

  • Inovador: Busca constantemente novas soluções e melhorias.

  • Adaptável: Flexível e ajusta estratégias conforme mudanças e imprevistos.

  • Empático: Conecta-se com pessoas, entendendo suas necessidades.

  • Analítico: Toma decisões baseadas em dados e informações detalhadas.

  • Social: Foca em gerar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.


O comportamento empreendedor diz respeito a um conjunto de competências e habilidades que são necessárias para que um empreendedor aumente as probabilidades de sucesso na realização de seu empreendimento, ideia ou projeto, atuais ou futuros.


O empreendedorismo é um comportamento, um conjunto de capacidades necessárias para transformar ideias e oportunidades em ação, logo, o empreendedor é a pessoa que se comporta para realizar seus empreendimentos, estejam eles em formato de ideias, projetos ou negócios. 

Mas até agora ninguém falou em abrir empresa. Empreender pode ser criar um negócio, organizar uma ação que resolva um problema da comunidade ou um projeto de inovação dentro de uma empresa. São características como liderança, iniciativa, boa comunicação, planejamento, trabalho em equipe, criatividade, resiliência, persistência, comprometimento e autoconfiança, entre muitas outras. E podemos encontrar esses perfis em empresários, em políticos, em colaboradores de uma empresa ou em um líder comunitário.


É muito comum nos deparar com empreendedores que confundam habilidades empreendedoras com habilidades técnicas. Neste sentido, é importante fazermos uma distinção entre esses dois tipos de habilidades:


  • Habilidades técnicas: conhecimentos técnicos e experiências em áreas específicas. São utilizadas em ambientes particulares e objetivam resultados particulares. Por exemplo: habilidades em produção de peças de marketing, projeção financeira, desenvolvimento de materiais de produção, etc.

  • Habilidades empreendedoras: habilidades comportamentais que cumprem a função de aumentar as chances de realizar algo. São generalizáveis a diferentes contextos, inclusive extrapolando o ambiente de trabalho. Como por exemplo, habilidades em planejamento geral, em formação e manutenção de relacionamentos, entre outras.


Como incentivar o empreendedorismo e impulsionar novos negócios?


O relatório GEM 2021/2022 inclui uma abrangente Pesquisa Nacional de Especialistas (NES), que captura as perspectivas de mais de 2.000 especialistas relevantes – no mínimo 36 por país – nos 50 países participantes, sobre as condições que regem o empreendedorismo em seu país. Dentre as 13 melhores condições para empreender estão:

1. Finanças Empresariais

Há fundos suficientes para novas startups?

2. Facilidades no acesso das finanças

Esses fundos são de fácil acesso?

3. Política de Governo: Suporte e Relevância

Eles promovem a apoiam Startups?

4. Política de Governo (Taxas e Burocracias)

Os novos negócios estão sobrecarregados?

5. Programas do Governo

Há suportes de qualidade disponíveis?

6. Educação nas Escolas

As escolas introduzem ideias empreendedoras?

7. Educação pós Escola

As Faculdades oferecem cursos sobre começar um novo negócio?

8. Pesquisa e Desenvolvimento

A pesquisa pode ser traduzida em novos negócios?

9. Infraestrutura Comercial e Profissional

São suficientes e acessíveis?

10. Facilidade de entrada: Dinâmica de Mercado.

O mercado está livre, aberto e em crescimento?

11. Facilidades em entrada: Encargos e Regulamentos

A regulamentação restringe ou incentiva a entrada?

12. Infraestrutura Física

É suficiente e acessível?

13. Normas sociais e culturais

A cultura incentiva e celebra o empreendedorismo?

Em geral, a pesquisa do GEM revela que apoiar novos negócios em tempos difíceis – como durante a pandemia de Covid-19 – e apoiar mulheres empreendedoras devem ser componentes-chave em uma estratégia de promoção do empreendedorismo, permitindo que ele floresça e dê sua contribuição plena e valiosa para o desenvolvimento e crescimento econômico.


História do Empreendedorismo no Brasil (Resumo)


No Brasil o empreendedorismo esteve presente em toda a sua história, desde o início da colonização começando com as tribos indígenas, passando pela chegada dos portugueses até o começo da industrialização.


No século XVII, o país começou a ser palco de grandes projetos industriais. Após a primeira Revolução Industrial europeia, surge no Brasil a necessidade de construir suas principais vias de infraestruturas de transportes e escoamento de mercadorias.


Neste contexto, o Barão de Mauá teve uma importante participação, pois foi o idealizador de inúmeros projetos comerciais, da fabricação de engenhos de açúcar a grandes empreendimentos inovadores para época, por exemplo: iniciou a primeira ferrovia brasileira, entre as regiões de Petrópolis e Rio de Janeiro e a primeira rodovia pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora em 1856.


Ao longo dos anos, várias pessoas que iniciaram nesse ramo deixaram sua marca na história do Brasil. Somente nos anos 90 a cultura do empreendedorismo deu início no Brasil, quando houve uma abertura na economia, no mercado brasileiro e várias empresas e fornecedores estrangeiros vieram operar aqui, com isso, começaram a controlar os preços no mercado interno, sendo uma condição muito importante para o país, pois dá livre concorrência e preços mais baixos para os consumidores.


Por outro lado, trouxe problemas para alguns setores da economia que não conseguiram competir com produtos importados por falta de planejamento.


Taxa de empreendedorismo no Brasil


Os dados do relatório GEM demonstram também que o Brasil ascendeu duas posições no ranking global em termos de taxa de empreendedorismo total no período analisado.


Dados do Relatório de Empreendedorismo no Brasil de 2019 mostram que houve um aumento no número de pessoas que empreendem por oportunidade. O relatório aponta que 26,2% resolveram abrir um negócio para “ganhar a vida porque os empregos são escassos”, enquanto 1,6% tomou a decisão para “fazer a diferença no mundo”.


Para especialistas, o efeito da crise, os dados do GEM apontam que, dos 55 países analisados, o Brasil está entre os dez primeiros onde a falta de emprego é mais levada em conta para abrir um negócio.


O ano de 2020 foi marcado por mudanças. Segundo dados disponibilizados pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada em conjunto com o Sebrae, a taxa de empreendedorismo no país bateu recorde, com maior número de novos autônomos nos últimos 20 anos.


Uma das mudanças positivas foi o uso da tecnologia. Com a pandemia e a necessidade de distanciamento social e a necessidade de se reinventar, o empreendedor precisou contar com o apoio da internet para manter seu negócio. Segundo dados da Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, houve aumento de 50% no uso da internet durante a pandemia.


De acordo com o Sebrae/MA na reportagem do G1/Globo, o número de microempreendedores individuais também foi registrado com um aumento. No total, foram 1,49 milhão de novas formalizações entre março e dezembro de 2020.


Somado às mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas, esse setor representa 99% dos negócios e 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do país.


Segundo o estudo, o país perdeu 9,4 milhões de empreendedores brasileiros em 2020 e em 2021 chegou ao patamar mais baixo desde 2013. No último ano, o número de pessoas entre 18 e 64 anos de idade à frente do próprio negócio formal foi de cerca de 43 milhões. Em 2020 e 2019, este número era de 44 milhões e 53,4 milhões de pessoas, respectivamente.


Em 2020, o país ocupava o sétimo lugar na lista com 47 países. Em 2021, o Brasil chegou à quinta posição, atrás da República Dominicana (45,2%), Sudão (41,5%), Guatemala (39,8%) e Chile (35,9%).



Conclusão


Como desenvolver estas habilidades empreendedoras? A RHEIS Consulting possui tecnologia e metodologia cientificamente comprovada para ajudar empresários, líderes, executivos e colaboradores a desenvolverem este e demais comportamentos e competências empreendedoras. Estamos à disposição para lhe ajudar. Consulte-nos.


Leia também: Empreendedorismo 4.0


 

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